terça-feira, 16 de agosto de 2011

Os esclarecimentos da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

Diante dos recentes escândalos, culpa_se os jornalistas e até os policiais, mas nunca os ladrões do dinheiro público.
Segue declaração da PF...




Nesta sexta-feira, 12 de agosto, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal divulgou a seguinte nota:

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal vem a público esclarecer que, após ser preso, qualquer criminoso tem como primeira providência tentar desqualificar o trabalho policial. Quando ele não pode fazê-lo pessoalmente, seus amigos ou padrinhos assumem a tarefa em seu lugar.
A entidade lamenta que no Brasil, a corrupção tenha atingido níveis inimagináveis; altos executivos do governo, quando não são presos por ordem judicial, são demitidos por envolvimento em falcatruas.
Milhões de reais – dinheiro pertencente ao povo- são desviados diariamente por aproveitadores travestidos de autoridades. E quando esses indivíduos são presos, por ordem judicial, os padrinhos vêm a publico e se dizem “ estarrecidos com a violência da operação da Polícia Federal”. Isto é apenas o início de uma estratégia usada por essas pessoas com o objetivo de desqualificar a correta atuação da polícia. Quando se prende um político ou alguém por ele protegido, é como mexer num vespeiro.
A providência logo adotada visa desviar o foco das investigações e investir contra o trabalho policial. Em tempos recentes, esse método deu tão certo que todo um trabalho investigatório foi anulado. Agora, a tática volta ao cenário.
Há de chegar o dia em que a história será contada em seus precisos tempos.
De repente, o uso de algemas em criminosos passa a ser um delito muito maior que o desvio de milhões de reais dos cofres públicos.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal colocará todo o seu empenho para esclarecer o povo brasileiro o que realmente se pretende com tais acusações ao trabalho policial e o que está por trás de toda essa tentativa de desqualificação da atuação da Polícia Federal.
A decisão sobre se um preso deve ser conduzido algemado ou não é tomada pelo policial que o prende e não por quem desfruta do conforto e das mordomias dos gabinetes climatizados de Brasília.
É uma pena que aqueles que se dizem “estarrecidos” com a “violência pelo uso de algemas” não tenham o mesmo sentimento diante dos escândalos que acontecem diariamente no país, que fazem evaporar bilhões de reais dos cofres da nação, deixando milhares de pessoas na miséria, inclusive condenando-as a morte.
No Ministério dos Transportes, toda a cúpula foi afastada. Logo em seguida, estourou o escândalo na Conab e no próprio Ministério da Agricultura. Em decorrência das investigações no Ministério do Turismo, a Justiça Federal determinou a prisão de 38 pessoas de uma só tacada.
Mas a preocupação oficial é com o uso de algemas. Em todos os países do mundo, a doutrina policial ensina que todo preso deve ser conduzido algemado, porque a algema é um instrumento de proteção ao preso e ao policial que o prende.
Quanto às provas da culpabilidade dos envolvidos, cabe esclarecer que serão apresentadas no momento oportuno ao Juiz encarregado do feito, e somente a ele e a mais ninguém. Não cabe à Polícia exibir provas pela imprensa.
A ADPF aproveita para reproduzir o que disse o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos: “a Polícia Federal é republicana e não pertence ao governo nem a partidos políticos”.
Brasília, 12 de agosto de 2011
Bolivar Steinmetz
Vice-presidente, no exercício da presidência


Escrito por Augusto Nunes
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/nota-de-esclarecimento-a-atuacao-da-policia-federal-no-brasil/

Lula foi à lona em Bogotá

O pastelão encenado no picadeiro do Circo do Planalto por Dilma Rousseff, Nelson Jobim e Celso Amorim acabou ofuscando o fiasco do palanque ambulante em Bogotá, onde fez escala na quinta-feira passada para animar um encontro entre empresários brasileiros e colombianos. Lula estava lá para discorrer sobre as relações entre os dois países. No meio da discurseira, resolveu discutir a relação com Alvaro Uribe. Foi nocauteado no primeiro assalto.
Caprichando na pose de consultor-geral do mundo, com os olhos voltados para o presidente Juan Manuel Santos, Lula cruzou a fronteira da civilidade com a desfaçatez dos inimputáveis. “Estou certo que você e a presidenta Dilma Rousseff podem fazer mais do que fizemos o presidente Uribe e eu”, começou. Pararia por aí se fosse sensato. Nunca será, confirmou a continuação do falatório: “Tínhamos uma boa relação, mas com muita desconfiança. Não confiávamos totalmente um no outro”.
Lula confia em delinquentes, cafajestes, doidos de pedra, assassinos patológicos, sociopatas, ladrões compulsivos ─ e em qualquer obscenidade cucaracha. Hugo Chávez é um bolívar-de-hospício, mas o amigo brasileiro participou até de comícios eleitorais na Venezuela. Evo Morales tungou a Petrobras e anistiou os ladrões de milhares de carros brasileiros, mas Lula tem muito apreço por um lhama-de-franja. Cristina Kirchner não perde nenhuma chance de atazanar exportadores brasileiros, mas Lula não resiste ao charme da inventora do luto de luxo. O único problema do subcontinente é Uribe.
Embora desprovido de razões para desconfianças, Lula foi permanentemente desrespeitoso ─ e frequentemente grosseiro ─ com o colombiano que também conseguiu dois mandatos nas urnas, despediu-se da presidência com 85% de aprovação nas pesquisas e transmitiu o cargo ao sucessor que escolheu. Embora sobrassem motivos para desconfiar de Lula, Uribe sempre o tratou com respeito e elegância. E suportou pacientemente, durante oito anos, as manifestações unilaterais de hostilidade.
A paciência chegou ao fim, avisou a devastadora sequência de mensagens divulgadas por Uribe no Twitter. “Lula criticava Chávez em sua ausência, mas tremia quando ele estava presente”, pegou no fígado o primeiro contragolpe. Outros três registraram que  “Lula se negou a extraditar o Padre Medina, terrorista refugiado no Brasil”, que “Lula procurou impedir que a televisão transmitisse a reunião da Unasul em Bariloche que discutiu o acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos” e que “Lula jamais admitiu que os integrantes das FARC são narcoterroristas”.
O quinto contragolpe ─ “Lula fingia durante o governo que era o nosso melhor amigo” ─ não seria o último. Mas o nocaute já se consumara quando foi desferido. É compreensível que o viajante ainda estivesse grogue no dia seguinte, como comprovam a forma e o conteúdo da entrevista publicada pelo jornal O Tempo. “Sinceramente, estranhei muito a reação do companheiro Uribe, por quem tenho profundo respeito”, recuou o palanqueiro, que se negou a comentar o teor das mensagens.
“Se ele tem alguma dúvida com alguma coisa que eu disse, seria mais fácil me chamar em vez de tuitar”, queixou-se. O uso do neologismo parece ter induzido o repórter a acreditar que Lula tem intimidade com modernidades virtuais. Pretendia usar o twitter para responder a Uribe? , quis saber o jornalista. “Não, porque é preciso pensar antes de dizer as coisas, e muitas vezes no Twitter a pessoa não pensa, simplesmente escreve”, desconversou.
Como o entrevistador não replicou, pode-se deduzir que não conhece direito o entrevistado. Deveria ter-se informado com Uribe, que sabe com quem está falando. O ex-presidente colombiano sabe que Lula é do tipo que primeiro fala e depois pensa ─ se é que pensa. Sabe que Lula não escreve, em redes sociais ou num guardanapo do botequim, pela simples e boa razão de que não quis aprender a escrever.
Lula comprou a briga usando o microfone. Colidiu com a palavra escrita e acabou nocauteado pelo Twitter.

Escrito por Augusto Nunes

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/lula-foi-a-lona-em-bogota/

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

“A volta dos militares não é solução, nunca foi, jamais será. Não se cura um doente aplicando veneno na veia dele”


ditadura-maria-paula
Amigos, oportuno, contundente, direto ao ponto o comentário do leitor e amigo do blog Reynaldo-BH. Tanto que resolvi publicá-lo como Post do Leitor. Vejam só:
Sinceramente me preocupa a tendência simplista e perigosa que o esgarçamento das instituições republicanas está provocando em diversos comentaristas. E não só aqui, no blog de Ricardo Setti. Creio que são honestos os que pensam assim, desanimados e revoltados. E por isso me arrisco a oferecer uma outra visão.
É cada vez mais comum ver quem defenda a “volta” dos militares como solução.

Não é. Nunca foi. Jamais será novamente!
A Constituição determina qual o papel das Forças Armadas. Entre estas funções nunca esteve -ou está – a substituição do poder civil.
post-do-leitorQue não se confunda o Estado de Direito e as instituições democráticas com quem faz mal uso das mesmas. Não se cura um doente aplicando veneno na veia dele.
Quem viveu a ditadura sabe disto. Quem sofreu com desaparecimentos e/ou exílios – meu caso pessoal e familiar – sabe o que custou caminhar até aqui.
Nós, o povo, conseguimos não só derrubar uma ditadura como impedir que uma outra (estalinista) fosse colocada no lugar.
Infelizmente a atual face do poder está conseguindo até mesmo roubar a história. Eles só estão onde estão, no poder, e só retornaram ao Brasil por que houve uma resistência popular e pacífica que lutou pela anistia e por eleições livres. Hoje se apresentam como os artífices de uma história em que participaram muito pouco, e quando o fizeram, foi em nome de uma outra ditadura: a do proletariado como consta em todos os documentos dos grupos da época.
Abomino as duas! São só as faces da mesma moeda.
Devemos ter muito cuidado para que esta confusão de valores não se fortaleça. Este seria o maior de todos os crimes cometidos pelo lulo-petismo. Esta sim a herança maldita! Fortalecer sentimentos totalitários que a sociedade brasileira sepultou em uma luta de 21 anos.
A democracia convive e suporta crises. Sobrevive a Amorins e Jobins! A ditadura usa os mesmos para ocultar crises existentes.
Quero ter o direito de criticar, no limite da civilidade e democracia, este desgoverno instalado. Este sindicalismo-pseudo-esquerdista que na verdade é somente uma ação entre amigos. A falta de ética de quem deveria ser guiado por ela. O falso moralismo em que fins justificam meios e onde mesmo roubar, se “em nome do partido”, é desculpável e isento de punição. E por isso, incentivado.

Mas JAMAIS vou apoiar uma interrupção de um processo histórico de conquistas. Como da democracia.
Não quero mais ver mães não poderem enterrar filhos. Ou filhos que não puderam conviver com pais. Pelo crime de discordar.
Não, os militares não estão voltando, como li em um comentário aqui. Eles estão na caserna, cumprindo a função constitucional de profissionais da segurança do estado brasileiro. Que fiquem lá. Somos gratos pelo profissionalismo.
E também não precisamos de gritos vindo de quartéis. Precisamos de gritos, certamente. Vindos das ruas. Como fizemos na anistia, nas Diretas Já, no impeachment de Collor e em outros momentos que a cidadania mostrou a importância de um povo mobilizado. Mesmo que este grito seja, como disse Ulysses, a voz rouca das ruas!
Não precisamos de tutores ou salvadores de ocasião. Nem queremos. Precisamos ter consciência de quem somos e do que podemos.
“A lição já sabemos de cór. Só nos falta aprender!”

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/post-do-leitor-a-volta-dos-militares-nao-e-solucao-nunca-foi-jamais-sera-nao-se-cura-um-doente-aplicando-veneno-na-veia-dele/

sábado, 6 de agosto de 2011

Lei contra a homofobia na Itália é julgada inconstitucional

 A lei foi julgada inconstitucional por 293 votos favoráveis, 250 nãos e 21 abstensões. Os partidos que votaram principalmente pela inconstitucionalidade foram o PDL (O Povo da Liberdade), Liga Norte, UDC (União Democrata Cristã) e alguns membros do FLI (Futuro e Liberdade da Itália).

Para o líder do PDL, Fabrizio Cicchito, "nossa posição padrão é considerar gays como cidadãos a par com todos, e por essa razão nós contestamos qualquer diferenciação no tratamento jurídico, que concederia e enfatizaria uma diversidade substancialmente inconstitucional".

Fonte:
Corriere della Sera

Este Mundo Jaz no Maligno (Fatos acerca do Oriente Médio).


Dos vários portais de notícias disponíveis atualmente na Internet, prefiro aqueles que permitem comentários dos leitores: esta semana estava lendo sobre a tentativa de Barack Obama para impor mais uma de suas vontades ao povo do Oriente Médio, em especial israelenses e "palestinos", quando me deparei com alguns comentários, no mínimo, falaciosos.
   Notem que coloco "palestinos" entre aspas por duas razões:
   Primeira: que israelenses também são "palestinos", pois moram na "Palestina";
   Segunda: que nunca existiu um povo, uma civilização "palestina", na acepção moderna da palavra.
   O motivo principal é que o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, obviamente, rejeitou a proposta, que obrigaria Israel a recuar para as fronteiras de antes da Guerra dos Seis Dias: isto seria como se os Estados Unidos tivessem que devolver a Califórnia e o Texas ao México, por exemplo.
Netanyahu: devolve o Texas primeiro, Obama...
   "Bibi", como Netanyahu é conhecido em Israel, também apresentou uma alternativa ao presidente "palestino" Abbas, pedindo que este abandone os terroristas do Hamas e cedendo vários outros territórios.
   Claro que Abas não topou, e saiu esbravejando ainda mais!
   Nesse meio tempo, alguns comentaristas, metidos a pacificadores e humanistas, bateram na manjada tecla de que os "judeus estão fazendo o mesmo que os nazistas", "ocupando territórios" e matando gente adoidado.
   Para acabar com essas falácias, proponho algumas questões:
   A quem pertence o território de Israel?
   A quem pertence Jerusalém?
   Vamos analisar tópicos de um estudo de Joseph Farhat, jornalista americano de origem árabe, que foi correspondente no Oriente Médio e publicou interessante artigo na WorldNet.
   Será que todos conhecemos estes fatos?
  1. Israel tornou-se uma nação por volta de 1400 A.E.C. (antes da era cristã), dois mil anos antes do aparecimento do Islamismo.
  2. Os refugiados árabes de Israel começaram a se identificar como parte do povo palestino em 1967, duas décadas depois do estabelecimento do moderno Estado de Israel.
  3. Desde a conquista hebraica, com Josué, os judeus mantiveram o domínio daquelas terras por mil anos e lá tiveram presença consecutiva nos últimos 3.300 anos.
  4. O único período de domínio árabe, desde a conquista em 635 E.C., durou menos de 22 anos.
  5. Por mais de 3.300 anos, Jerusalém sempre foi e é considerada a capital de Israel. A cidade jamais foi a capital de nenhuma entidade árabe ou muçulmana.
    Mesmo durante a ocupação jordaniana de Jerusalém, estes jamais pensaram em transformá-la em sua capital; e nenhum líder árabe fez-lhe qualquer visita de importância.
  6. Jerusalem_Jesus_timeJerusalém é mencionada mais de 700 vezes no Tanach (Bíblia), as Escrituras Sagradas dos judeus. Jerusalém não é mencionada uma vez sequer no Alcorão.
  7. O Rei Davi fez de Jerusalém a capital de Israel e seu filho, Salomão, estabeleceu, onde hoje fica a Esplanada das Mesquitas, o Grande Templo, muito antes do surgimento do Islã.
  8. Judeus rezam três vezes por dia em direção a Jerusalém. Muçulmanos rezam cinco vezes ao dia… para Meca!
  9. Em 1948, os árabes foram encorajados pelos líderes árabes a deixar Israel - sendo-lhes prometida a eliminação dos judeus na região.
    68% foram embora sem jamais terem visto sequer um soldado israelense.
  10. Os refugiados judeus foram forçados a fugir dos países árabes por causa da brutalidade, perseguição e pogroms (atentados organizados).
  11. O número de refugiados árabes que deixaram Israel em 1948 é estimado em cerca de 630.000.
    Estima-se que o número de refugiados judeus dos países árabes é o mesmo (muitos dos quais compõem a grande comunidade Sefaradita de São Paulo, por exemplo).
  12. Não existe língua palestina.
    Não há uma cultura especificamente palestina.
    Jamais existiu um país chamado Palestina, governado por palestinos.
    Na realidade, a palavra Palestina como área geográfica vem de Filisteus (um dos sete povos que habitaram a região durante o período bíblico e que há muito deixaram de existir). O nome foi dado à região pelos romanos, em 70 E.C., como forma de ultrajar os judeus derrotados por Roma, pois sempre houve conflitos entre os filisteus e os israelitas da Antiguidade. Era conhecida por Filistina.
  13. Palestinos são árabes e não há distinção cultural, física, linguística, musical, literária ou política dos jordanianos, sírios, libaneses, etc.
    O próprio Yasser Arafat, líder terrorista que era o Bin Laden dos anos 1970 e fundou a OLP e outras organizações, era, na verdade, um egípcio.
  14. Israel representa um décimo de 1% do total das terras do Oriente Médio. Os árabes controlam 99,9% da região!
    Será impossível os países árabes e muçulmanos doarem um pedaço para os "palestinos"? Tem que ser Israel, e tem que ser Jerusalém?
  15. Os palestinos ocupam hoje a chamada Faixa de Gaza, exatamente a mesma região ocupada por seus supostos ancestrais, os filisteus dos tempos bíblicos.
    Os filisteus nunca chegaram nem perto de Jerusalém. Por que os filisteus de hoje querem por que querem que Jerusalém seja sua capital?
  16. A pseudo-opinião pública mundial condena Israel por fechar as fronteiras de Gaza. Gaza faz fronteira ao sul com o Egito (igualmente de maioria árabe e muçulmana) e a leste com o Mar Mediterrâneo.
    Por que o Egito e outros países – árabes, inclusive – não usam essas passagens naturais para acudir seus "irmãos" e fornecer alimentos e água? Mas quando Israel detona túneis usados para contrabandear armas, todos protestam na ONU.
  17. É fácil ver onde termina Israel e começa GazaSe você está lendo este texto é por que tem acesso à Internet. Vá a algum site que mostre fotos de satélite e veja que dentro das fronteiras de Israel (mesmo sem ver as linhas que são vistas nos mapas escolares) a cor predominante é de verde, que indica terra fértil. Mas do outro lado da fronteira é só deserto.
    Por que os países árabes, multimilionários graças ao petróleo, não tratam de melhorar as condições desse deserto – Gaza inclusive – e assim proporcionam melhor qualidade de vida a seus "irmãos"?
  18. A terra hoje ocupada por Israel ficou deserta por 19 séculos desde o ano 70 até 1948.
    Por que os "palestinos" não fizeram dela seu território e de Jerusalém sua capital nesse espaço de tempo?
  19. Não se vê israelenses queimando bandeiras árabesIsrael reconhece o direito dos palestinos à terra, mas os palestinos não reconhecem o direito de Israel sequer à existência!
  20. Israel nunca decretou "dia do ódio aos palestinos", mas o Hamas decretou o "dia do ódio a Israel".
    Você não vê judeus queimando bandeiras de nações árabes, mas o contrário…
  21. Antes de dizer que os judeus agem como os nazistas, verifique quem é que anda dizendo que os judeus devem ser varridos do mapa, exatamente como Hitler há 60 anos.
   Devemos sempre condenar a violência, de parte a parte, sempre defendendo o direito à vida e à propriedade, mas temos que ter ciência dos fatos reais para podermos opinar com justiça.
   Precisamos deixar de lado preconceitos e falácias divulgados pela mídia. Vamos juntos orar pela paz no Oriente Médio, até que venha o Rei da Paz!

Um terrorista norueguês com treinamento comunista

Comentário de Julio Severo: Breivik esteve várias vezes na Belorússia, aí recebendo treinamento terrorista da seção local da FSB. A Belorússia fazia parte da União Soviética, o maior império comunista que o mundo já viu. Assim, toda a propaganda que a mídia esquerdista vem fazendo dele como “anticomunista” e “cristão” tem muito a ver não só com cortina de fumaça, mas também com uma estratégia de desviar a atenção dos reais culpados. Essa atitude da mídia foi um verdadeiro ato terrorista contra os cristãos.

Fechando a torneira

Olavo de Carvalho
A facilidade com que o comentário político se deleita em miudezas, deixando de lado o essencial, impõe a quem compreende a gravidade do fenômeno a obrigação de avisar ao distinto público que aquilo que hoje lhe vendem como jornalismo é na verdade um produto novo e distinto, com finalidade inversa à daquilo que uma geração atrás se consumia sob essa denominação.
A palavra "notícia" vem do verbo "notar", que quer dizer captar, apreender, perceber. Quando as notícias que você recebe de vários canais vêm com conteúdo uniforme e num tom acachapantemente idêntico, é claro que elas não expressam a percepção humana, variada e individualizada por natureza, e sim um trabalho de engenharia, um molde prévio imposto aos fatos, não para refleti-los e sim para substituí-los. O caso dos atentados em Oslo é exemplar, sob esse aspecto. Informações flagrantemente erradas disseminaram-se pelo mundo em poucos minutos, num tom de certezas universalmente reconhecidas, ao passo que seus desmentidos só vieram aparecendo aos poucos, um aqui, outro ali, sem força de rechaçar a massa homogênea de falsidades que, como a "bolha assassina" do famoso thriller, já havia engolido multidões inteiras. Atentados terroristas, convém repetir, nunca são a finalidade de si mesmos. Estão sempre inseridos em alguma estratégia geral que, por meios políticos e midiáticos incruentos, prepara o seu advento e colhe (ou produz) os seus resultados. A destruição física deve ser precedida e seguida de empreendimentos de demolição moral ou chantagem política que transfigurem a mera carnificina em vantagem política concreta.
Só para dar dois exemplos clássicos, o 11 de setembro apoiou-se numa década inteira de propaganda anti-americana crescente e em seguida conseguiu inverter a impressão inicial de horror ao terrorismo, transformando-a numa onda mundial de ódio aos EUA (v. http://www.olavodecarvalho.org/traducoes/ terrorism2.htm); na Espanha, menos de 24 horas depois do atentado de 2004 já estava nas ruas uma gigantesca manifestação popular, não contra os terroristas, mas contra... o governo conservador do primeiro-ministro Aznar (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/040325jt.htm).
Mas nem precisaríamos ir tão longe: no Brasil, entre 1964 e 1988, cada bomba, cada roubo de armas, cada sequestro foi seguido de intensa propaganda baseada no slogan de que a culpa desses crimes não era de seus autores, e sim do governo que combatiam. A lenda dos "jovens idealistas em luta contra a tirania" veio
a render seus frutos com o retorno maciço dos comunistas ao país e sua irresistível ascensão ao poder (
http://www.olavodecarvalho.org/semana/110428dc.html). Cito os meus artigos anteriores para enfatizar a continuidade das análises que venho fazendo, capítulos aliás de um estudo de muitos anos sobre o fenômeno da mentalidade revolucionária.
Ora, no caso norueguês a única campanha de propaganda que se observou foi voltada contra o próprio terrorista, mas associando-o a evidentes bodes expiatórios, os sionistas e os cristãos conservadores. A regra áurea, na análise de atentados terroristas, é: veja contra quem vai a campanha que se segue,
e entenda que a autoria do crime vem necessariamente da direção oposta.
O próprio Anders Behring Breivik deu-nos uma indicação preciosa ao declarar, no seu Manifesto, que não era um cristão, mas apenas um darwiniano persuadido de que a civilização cristã Ocidental era evolutivamente superior às outras. Isso não apenas desmentia a versão oficial da "grande mídia", mas alinhava decididamente Breivik no padrão ideológico da Nouvelle Droite Francesa, materialista e evolucionista, chefiada por Alain de Benoist.
E outra coisa que os iluminados comentaristas políticos não sabem é que a Nouvelle Droite é uma aliada incondicional... do "projeto Eurasiano" de Alexandre Duguin e Vladimir Putin!
Baseado nessa informação, anunciei no meu programa True Outspeak, de 27 de julho último, que, por trás de
todas tentativas perversas de inculpar sionistas e cristãos, a verdade não tardaria em aparecer ostentando na testa um rótulo de três letras: K,G,B, ou, em versão modificada pela enésima vez, F,S,B.
Não tardou nem 48 horas: sexta-feira, 29, recebi da minha amiga romena Anca Cernea esta notícia da agência russa RiaNovosti: Breivik esteve várias vezes na Belorússia, aí recebendo treinamento terrorista da seção local da FSB (v. http://en.rian.ru/world/ 20110728/165436665.html).
É verdade que aí ele teve também contato com um "extremista de direita", Viacheslav Datsik, mas Datsik, preso na Noruega por contrabando de armas, acabou confessando que trabalhava para a FSB.
Para tornar as coisas ainda mais claras, Breivik, no seu Manifesto (v. http://www.asianews.it/news-en/Russia-as-the-mass-murderer%E2%80%99s-political-model-22193.html) declara
que o alvo ideal de sua luta seria substituir a estrutura política europeia, que ele qualifica de "disfuncional", por um modelo de democracia autoritária "similar à da Rússia" (sic).
E, de quebra, faz os maiores louvores a Vladimir Putin.
Completando o quadro, o interesse russo em desestabilizar o governo norueguês é o mais óbvio possível: a Noruega é o único concorrente da Rússia no fornecimento de gás ao continente europeu - quer dizer, o único obstáculo que se opõe ao sonho de Vladimir Putin, de um dia colocar a Europa de joelhos mediante a simples ameaça de fechar a torneira.

Trocando uma ditadura por um totalitarismo muito mais cruel

Será que o levante árabe contra os ditadores em alguns países árabes tem como objetivo a democracia? Ou isso é uma mera desculpa para impor um sistema mais totalitário e desumano!?
Texto do blog do jornalista Gustavo Chacra.

 Nem todos os sírios querem democracia. Por incrível que pareça, Bashar al Assad vem enfrentando enorme resistência dentro de seu regime e da elite síria por estar sendo muito "brando" com a repressão. Segundo consultorias de risco político, apesar da morte de mais de 1.500 pessoas em pouco mais de quatro meses nas violentas ações de suas forças de segurança contra manifestantes da oposição, tem muita gente em Damasco e Aleppo decepcionado com o líder sírio.

Para estas pessoas, que não são poucas e dão as cartas na Síria, Assad deveria ter feito como seu pai, Hafez al Assad, em 1982, e passado um trator em cima dos opositores em Hama. Não que o atual líder sírio não o tenha feito. Mas, para eles, as ações até agora tem sido muito cautelosas e insuficientes para conter os opositores. Basicamente, Assad tem sido moderado para os padrões de Damasco.

Segundo Thomas Friedman, colunista do New York Times, "as regras de Hama", instituídas pelo Assad pai, não funcionam mais na Síria. Agora, por mais que o regime mate, os manifestantes continuarão saindo as ruas. Mas o regime de Damasco discorda. O problema é que Bashar não estaria honrando Hafez. Cem mortos, como no último fim de semana, é muito pouco. Para eles, se forem 20 mil, a oposição fica calada.

E outra coisa que precisa ser dita.  A oposição síria não é esta maravilha pró-democracia que muitos sonham. Claro, há uma enorme massa que quer apenas mais direitos democráticos e está nas ruas genuinamente. Mas uma boa parte dos manifestantes está se armando. Obviamente, alguém está por trás. Sabemos que Hama é uma cidade religiosa e sunita.

Pontos críticos da segurança de Israel para uma paz viável

Deputado gay compara cristãos brasileiros a matador da Noruega

Depois do ataque feito pelo então chamado fundamentalista cristão, Anders Behring Breivik, Jean Wyllys, o deputado federal do PSOL que defende a causa gay, trouxe à tona suas preocupações com o que ele chamou de direita religiosa no Brasil.
    Em um artigo publicado na revista Carta Capital, Wyllys escreveu sobre “uma direita religiosa que tem ganhado força no Ocidente”. “Em todo o Ocidente, a direita religiosa tem ganhado força e se expressado da maneira mais assustadora possível”, comparando o Brasil com a Noruega, no recente massacre.
    “O que esperar de nosso país, o Brasil, onde atualmente as crenças dos Cristãos conservadores exercem uma enorme influência sobre o discurso público – em escolas, juizados e principalmente no Legislativo – ao ponto de intervirem em políticas de governos e silenciar, sob ameaça de danos eleitorais, políticos de boa fé?”
    Wyllys acusa que o responsável pelo massacre o Realengo, no Rio de Janeiro, que deixou 12 crianças mortas, era um cristão fundamentalista, informação que, contudo, não foi confirmada. Segundo ele, o fanatismo cristão é ainda o responsável por campanhas difamatórias nas redes sociais contra aqueles que defendem os direitos homossexuais e, particularmente, contra ele mesmo.
    Um professor de ética Cristã da Faculdade da Faculdade Bastista ABC, Moisés Vieira Fernandes, respondeu às críticas aos cristãos e a comparação entre Brasil e a Noruega proposta por Wyllys dizendo que o deputado está totalmente equivocado ao usar o conceito de fundamentalismo cristão dessa maneira.
   Segundo Fernandes, o termo ‘fundamentalismo cristão’ se refere à “crença na palavra de Deus como ela é”, ou seja, o fundamentalista é o que é focado na Bíblia Sagrada.
    “Ele está totalmente equivocado. Os fundamentalistas cristãos são as pessoas focadas na Biblia sagrada. O fundamentalismo que ele afirma não tem a ver com o Cristianismo”, explicou o professor.
    Wyllys pareceu implicar que existem Cristãos de bom senso e os fundamentalistas, que se inserem no contexto de lutas e discussões entre homossexuais e líderes religiosos no âmbito político, social e religioso frente às exigências por eles de leis em favor à comunidade LGBT.
    Segundo o teólogo e professor, as pesquisas no Brasil mostram que 92% da população são contra as leis que eles querem aprovar. Os homossexuais agredidos no Brasil, ele afirma, foram por grupos que não eram evangélicos, levantando também a questão da liberdade de expressão religiosa.
    “O problema é que a lei deles diz que não podemos fazer críticas ao homossexualismo. E aqui no Brasil nós podemos falar mau do diabo, mau do papa, do presidente”, disse ele.
    Fernandes ainda alertou que garotos homossexuais vão de mãos dadas, provocando pessoas em shopings para que as pessoas discutam com eles a fim de que os chamem de homófobicos e chamem a polícia. Ele afirmou que o grupo homossexual está fazendo guerra contra “todos” não somente contra evangélicos.
    O caso da Noruega, Fernandes ressalta que não tem nada a ver com o que acontece no Brasil. Ele relembra que o fundamentalismo é a crença na palavra de Deus e que os Cristãos evangélicos não podem punir apesar de serem contra o homossexualismo. “Não temos nenhum comportamento punitivo”.

Cristã é forçada a conversão e casamento muçulmano no Paquistão

   Farah Hatim, 24 anos, moradora de Rahim Yar Khan, uma cidade no sul de Punjab, no Paquistão, foi supostamente sequestrada em 8 de maio de 2011 por muçulmanos e seus irmãos, que a forçaram a se converter ao islamismo e depois a se casar com um muçulmano.
    Agora, uma organização paquistanesa de direitos humanos condenou o ato e exigiu que alguém tomasse alguma atitude, pois classificaram isso como uma “violação dos direitos humanos.”
   A Comissão de Justiça e Paz está conduzindo o caso e, desde que tomou essa ação, houve reclamações de que a polícia estava ameaçando a família de Hatim e também o juiz da sessão, Khawaja Mir, que decidiu transferir o processo para o Supremo Tribunal, por ser uma questão muito delicada.
    Durante o depoimento de Farah Hatim, o juiz perguntou se ela havia sido sequestrada e forçada a se casar com um muçulmano. Segundo uma testemunha, Hatim ficou alguns segundos em silêncio, chorou e respondeu que ela foi por livre e espontânea vontade.
   Após a audiência, Farah teve permissão de ficar por alguns momentos com sua família, e mais tarde, o irmão dela disse: “Estou muito chocado com o que Farah disse no tribunal. Ela está sofrendo ameaças e agora todas as nossas esperanças se foram; esperávamos que ela voltasse para nós. Por que temos que enfrentar isso? Porque somos cristãos.”
   De acordo com uma porta-voz da Comissão de Justiça e Paz, Farah tornou-se vítima de uma rede de prostituição. Seu ‘marido’ tentou forçá-la a se prostituir, enquanto ela era uma estudante na Zaid Sheikh Medical College, mas ela não aceitou.
    “Por isso, ele decidiu se vingar. A decisão de Farah de não dizer a verdade é porque provavelmente ela está grávida e seria morta se tentasse voltar para casa. Mesmo se tivesse tomado a atitude correta e dito a verdade, seria rejeitada pela sociedade, pois foi sequestrada e estuprada. O medo da rejeição é outra razão possível.”
    De acordo com o porta-voz, “milhares de meninas cristãs são sequestradas e forçadas a se casar no Paquistão. Estamos tentando lutar contra essa chaga que é o sequestro e esses casamentos forçados.”
    O irmão mais velho de Farah disse, com lágrimas nos olhos: “Nós não queremos que isso aconteça com as outras meninas. Nós perdemos a nossa irmã e sabemos como ela se sente. A dor é inexplicável. Estamos insistindo porque somos minoria e exigimos que o governo não abandone as minorias. “

Fonte: Portas Abertas

Análise estratégica das revoltas nos países árabes

Uma leitura extensa, porém cheia de subsídios para entendermos melhor os atuais acontecimentos no Oriente Médio...
Internacional - Oriente Médio
Egyptian-women-in-TahrirEsperar que movimentos islâmicos instaurassem a democracia e a liberdade equivale a esperar que uma passeata de prostitutas restaure a moralidade.
Um jornalista (sic) que se autodenomina 'especialista' em Oriente Médio contestou a afirmação que fiz no último artigo de que os planos da Al Qaeda seriam facilmente endossados, com mínimas discordâncias, pela Fraternidade Islâmica e outros movimentos políticos, religiosos ou terroristas, pois segundo ele a Fraternidade não apóia grupos terroristas, nem tem vínculos com a Al Qaeda. Ora, um 'especialista' em Oriente Médio deve no mínimo entender alguma coisa de estratégia e saber que divergências táticas jamais impediram alianças estratégicas. Dei a ele a resposta que aqui coloquei em epígrafe. Como já adverti em artigos anteriores, as discussões diplomáticas e a avaliação estratégica dos países islâmicos não podem ser desenvolvidas com base em pré-concepções ocidentais exclusivamente judaico-cristãs, tais como democracia, liberdade, livre iniciativa, direitos trabalhistas e das minorias, etc. Estes conceitos e estas crenças não pertencem ao universo mental, conseqüentemente, nem à religião nem à ideologia islâmicas, totalmente baseadas na submissão a Allah e seu Profeta Mohamed tal como prescrita no Corão, nos Haddithim e na Sunna. Aqueles conceitos só podem ser aplicados aos povos ocidentais, nunca a quaisquer outros povos. Sejam hinduístas, xintoístas, budistas, animistas e outros todos os que falam em democracia o fazem dentro de parâmetros mentais totalmente diversos dos nossos, tornando as negociações numa conversa de surdos. Um conceito totalmente desconhecido fora do Ocidente é o de liberdade individual. Quando se negocia com estes outros povos deve-se levar em consideração que quando falam em liberdade estão se referindo a outra coisa qualquer, jamais à liberdade individual, para nós o bem maior. Para os muçulmanos, então, esta é completamente desconhecida e mais ainda: desejá-la é uma heresia, um atentado contra a submissão corânica.

Falta aos ocidentais o conhecimento de um princípio fundamental do Islam: al Taqiyya: 'o sagrado direito à fraude, de mentir em nome da maior glória de Allah. A falsidade para impedir as ofensas ao Islam, para se proteger, ou para promover a causa do Islam é aceita e estimulada pelo Corão e pela Sunna, incluindo a mentira sob juramento perante uma corte. Um muçulmano está autorizado a negar ou denunciar sua própria fé se, ao fazer isto, ele estiver protegendo os interesses do Islam, desde que, em seu coração, ele permaneça fiel'. A Taqiyya vem sendo usada desde o século VII para confundir e dividir o inimigo. É derivada dos antigos hábitos tribais beduínos
[2]. Embora muitos estudiosos advoguem que seja um hábito puramente xi'ita, na verdade é inerente ao Islam como um todo.
Ibn Abbas comentava que "al-Taqiyya é uma expressão exclusivamente da língua, enquanto o coração permanece confortado com a fé". Significa que à língua é permitido expressar qualquer coisa, desde que o coração não seja afetado. Abd Ibn Hameed, sob a autoridade de al-Hassan, disse: "al-Taqiyya é permitida até o Dia do Juízo, somente então não poderá ser usado"[3]. É exatamente este estratagema que permite dizer que o Islam é uma 'religião de paz' enquanto matam mais dos que os comunistas e nazistas o fizeram[4]. Origens dos distúrbios que afetam os países árabes [5]

A análise de Barry Rubin,
Who Really Made Egypts Revolution?: The Story The Media Missed mostra a especificidade do discurso que animou a chamada "primavera da Praça Tahir'. Rubin não nega que alguns membros do movimento pediam eleições livres, o fim da ditadura de Mubarak e seus líderes visíveis genuinamente desejavam alguma forma de democracia e direitos humanos - mas não os direitos individuais.

"Porém os elementos bem organizados por trás das manifestações têm uma interpretação de democracia bastante diferente da definição Ocidental deste conceito (...) A idéia de que os inimigos daquela ditadura são radicalmente hostis ao Ocidente e favoráveis ao Islam nem passa pela cabeça dos observadores ocidentais".

Do ponto de vista da maioria dos militares egípcios e dos envolvidos na revolução o Islam é a única resposta contra a detestável ocidentalização dos costumes, com incremento da criminalidade e da injustiça. "Os militares vêem no Islam a resposta para os problemas de identidade, justiça social e estabilidade interna". Portanto, um Egito muçulmano é muito mais atraente do que o do ocidentalizado Mubarak, assim como o Xá era detestado no Irã e por sua tentativa de modernização é que foi derrubado. Mesmo que não queiram um Estado dominado pela Fraternidade, eles estão abertos para uma maior influência da mesma nas regras religiosas, ao mesmo tempo em que existe um profundo sentimento de ódio a Israel, à América e ao Ocidente.
O noticiário sobre a 'primavera árabe', a derrubada de ditadores e a imposição da democracia, dá mostras de refluir para as páginas centrais. Alguns, já começam a desconfiar que a tal primavera não passa de um inverno - ou inferno! Chinmaya R. Gharekhan publicou dia 22 de junho no The Hindu, um artigo intitulado Is Arab Spring wishful thinking?, no qual afirma:
"as expectativas e esperanças engendradas pelos eventos na Tunísia e no Egito parecem ter se mostrado baseadas apenas em wishful thinking e não numa avaliação cuidadosa e acurada das características específicas de cada país Árabe e nos interesses de potências estrangeiras que desejavam dirigir os acontecimentos numa determinada direção (...). Precisamos esperar para ver que rumo os acontecimentos vão tomar".
A análise de Chinmaya R. Gharekhan abrange outros países da região, como Líbia, Síria, Yemen e Bahrein.
Embora o jornalismo indiano esteja anos luz à frente dos seus colegas brasileiros, divididos entre imbecilóides arrogantes e outros comprometidos com a expansão das forças globais que ameaçam a civilização ocidental, parece-me um pouco tarde para apenas desconfiar! Desde 18/02/2011 comecei uma série de artigos (Ignorância, mentiras e idiotices em relação aos distúrbios no Oriente Médio), seguido de outro para o Jornal Visão Judaica (O cerco a Israel), além de publicar textos de Donald Hank, Molares do Val, do site de Inteligência STRATFOR, de Ivanaldo Santos, e outros, onde esta ilusão de 'movimento pela democracia' era mostrada com clareza e profundidade de análise como uma claríssima mentira inventada pelas potências ocidentais na defesa de seus próprios interesses.
Os fundamentos ideológicos da "democracia" árabe
Em 2008 o University of Maryland's Program on International Policy attitudes, realizou uma pesquisa no Egito sobre as preferências políticas do povo. Os resultados mostraram claramente o que os egípcios entendem por democracia: Embora 82% tenham se mostrado a favor de algo que chamam "democracia", 73% apoiavam a aplicação mais estrita da Lei Islâmica (Shari'a). Destes, 68% defendem aplicação da Shari'a para regulamentar o comportamento moral dos cidadãos 64% defendem as punições tradicionais como apedrejamento para adúlteras 62% querem que o governo policie a vestimenta das mulheres e 59% apóiam o uso da Shari'a como a única Lei. Um ano antes a mesma Universidade conduziu uma pesquisa de opinião no Egito, Marrocos, Paquistão e Indonésia. 60% responderam que a "democracia" era desejável para seus países, mas 71% concordaram com a 'estrita aplicação da Shari'a em todos os países islâmicos''. Tais resultados sugerem que a idéia de democracia naquela região se restringe à realização de eleições sem incluir nem sombra de direitos individuais, exatamente o que temiam os Founding Fathers quando aprovaram a Constituição Americana e as primeiras dez Emendas, o Bill of Rights.
Vejamos a situação como se apresenta em alguns desses países.
TUNÍSIA: Possivelmente a Tunísia é o único país norte africano capaz de evoluir para uma forma realmente democrática de governo que inclua alguns direitos individuais. Como aponta Bruce Maddy-Weitzman, quatro fatores são favoráveis: (1) uma entidade nacional compacta e bem definida, com forte sentimento nacional e com tradição de economia de mercado e trocas com o exterior; (2) sofreu um processo de modernização importante, com uma classe média culta, o banimento da poligamia e a menor taxa de crescimento populacional de todo o mundo árabe; (3) a tradição de uma sociedade civil atuante e (4) forças armadas de pequeno porte, não politizadas e que se recusaram a substituir o poder civil após a queda do governo ditatorial.
LÍBIA: Por que os bombardeios da OTAN e dos EUA, alegadamente apenas para derrubar Kadhafi, estão destruindo sistematicamente toda a infraestrutura do País e matando civis? Afastado Kadhafi, o que está cada vez mais difícil, o que farão com uma Líbia destruída? Quem reconstruirá a infraestrutura do país, senão empreiteiras ocidentais? Quem tomará conta do petróleo líbio? Entre os revoltosos de Benghazi alguns portavam a velha bandeira dos tempos do Rei Ídris I, com quem era mais fácil para as grandes multinacionais petrolíferas negociarem vantajosamente, principalmente a italiana Ente Nazionale Idrocarburi (ENI). O fato é que podem estar enganados e entregar o poder para fanáticos muçulmanos, pois Idris era o líder da Irmandade Senussi, uma seita antiocidental que pratica uma forma austera e conservadora do Islam, e a estratégia pode sair um tiro pela culatra. Seu avô, Sayyid Muhammad ibn Ali as-Senussi, foi o fundador da religião inspirada no wahabismo dominante na Arábia Saudita.
Além dos monarquistas e de uma minoria de supostamente democratas, outras duas facções podem ser identificadas no Libyan National Transitional Council (NTC): extremistas islâmicos, aliados dos monarquistas, que podem ser chamados de monarquitas-fundamentalistas, que almejam estabelecer um Estado Religioso e elementos até então ligados a Kadhafi que o abandonaram por oportunismo.
Estudos franceses citados por John Rosenthal no National Review em Al-Qaeda and the Libyan Rebellion mostram que membros do Libyan Islamic Fighting Group filiado à Al Qaeda constituem o principal pilar da insurreição, portanto a 'coalizão militar da OTAN está apoiando terroristas islâmicos (...). É inegável que os rebeldes líbios que Washington apóia, há pouco tempo estavam matando soldados americanos no Iraque', onde foram recrutados por Abdul-Hakim al-Hasadi, um ex combatente no Afeganistão que foi preso pelos americanos em 2002 e solto na Líbia em 2008. al-Hasadi é o comandante de uns mil homens nas cidades de Damah e Bin Jawad, no leste da Líbia[6].
Quem leu meus artigos anteriores verá que estas não são novidades... Eu apenas acrescento que Barack Hussein Obama sabe perfeitamente disto e é de sua estratégia entregar o Oriente Médio aos jihadistas da Al Qaeda e aos fundamentalistas islâmicos.
EGITO: As autoridades militares provisórias do Egito, além de reabrirem a fronteira com a Faixa de Gaza sem consultar Israel nem denunciar oficialmente o acordo entre ambos, concederam licença de inscrição como partido político ao mais antigo movimento islâmico do país, a Fraternidade Muçulmana (fundada em 1928). Simultaneamente conseguiram organizar também um novo partido, Hizb al-Nour, de origem salafita. Nada menos que quatro partidos salafitas estão em processo de formação desde a queda de Mubarak. Mas com a formação estimulada pelos militares do Hizb al-Nour é a primeira vez que um grupo salafita aceita participar de eleições relativamente livres, pois, diferentemente do fingido núcleo islâmico central, eles e os wahabitas aos quais muito se assemelham, se opõem claramente à ordem democrática e à elaboração de leis humanas não emanadas diretamente do Corão. Para estes grupos radicais que incluem jihadistas, a democracia é anti-islâmica porque é um sistema que permite aos homens se apoderarem do direito de fazer leis, exclusivo de Allah.
Salafi é uma palavra árabe que significa sunitas seguidores da Salaf islâmica, que pode ser traduzida por 'predecessores' ou 'ancestrais': as três primeiras gerações islâmicas, os Sahaba (companheiros de Mohammed), os Tabi'un (seguidores) e os Tabi' al-Tabi'in (os que vieram imediatamente depois dos seguidores), que são exemplares de como o Islam deve ser praticado através de uma interpretação estrita da Escritura.
Assim também são os wahabitas, seita sunita predominante na Arábia Saudita, seguidores de Muhammad ibn Abd-al-Wahhab, que preconizava no século XVIII purgar o Islam de todas as inovações surgidas nos últimos séculos, consideradas heréticas.
Teoricamente a aceitação de uma limitada democracia por parte dos salafitas significaria um passo muito grande rumo à democratização do Islam. No entanto, analistas conhecedores das intricadas relações entre grupos políticos egípcios, acreditam que seja uma jogada dos militares para impedir a quase certa maioria da Fraternidade em eleições gerais, aliada aos jihadistas do Al Qaeda e outros grupos. Opondo dois poderosos grupos ultraconservadores estariam pretendendo assumir o papel da fiel da balança e, se possível, a eternização no poder como uma espécie de 'poder moderador'. Tais mudanças aparentemente são temidas pela Arábia Saudita, acossada pelas potências xi'itas do Golfo Pérsico, principalmente o Irã e as maiorias no Iraque e Bahrein - além das minorias xi'itas dentro de suas fronteiras, cada vez mais fortes na franja petroleira do Golfo, no Iemen e nos Emirados. Ocorre que existem salafitas em seu território exigindo mudanças desde 1990 sem sucesso e seu crescimento poderia desestabilizar a 'ilha de tranqüilidade' em que vivem os sauditas sob mãos de ferro de seus sete mil príncipes. [7]
SÍRIA: Este país de maioria sunita é controlado por um exército alawita, um dos ramos mais radicais da facção xi'ita do Islam o que implica numa situação inusitada entre os países árabes. Os alawitas existem há mais de mil anos predominantemente nas montanhas Jabal al-Nusayriyah no noroeste da Síria constituindo uma população de 1.6 milhão ou 13% da população do país. Os demais 600 mil distribuem-se pela Turquia e Líbano. Praticam uma religião sincrética e esotérica que mistura o Islam com tradições religiosas babilônicas, helênicas, persas e cristãs. Embora seu nome derive de Ali, genro do Profeta, são considerados hereges pelos sunitas em função deste sincretismo. Não possuem mesquitas e as reuniões religiosas se dão nas casas dos fiéis.
Pois é deste povo que são constituídas as forças militares, firmemente controladas pelos Assad e por eles protegido. Isto reduz em muito as possibilidades de pressão militar pela queda de Assad, diferentemente da Tunísia e do Egito, apesar da presença de alguns comandantes sunitas recentemente promovidos. A terra natal dos Assad, Kardaha, fica em plenas montanhas alawitas. Mas estes não constituem uma religião homogênea, são divididos em várias tribos e quatro ramos de sub-seitas que não se entendem entre si. Isto pode levar a uma luta interna que enfraqueça o exército e o poder de Assad. As diversas facções se uniram para apoiar Hafez Assad que os protegia dos levantes sunitas como os que ocorreram na década de 1970. Desde então a sorte de toda a comunidade está inseparavelmente ligada ao clã Assad. Porém podem ser confrontados agora com a necessidade de tomar outras decisões. Tudo depende da medida em que sejam respeitados e legitimados por outras forças[8].
Shari'a versus secularismo
Os especialistas árabes discutem há muito se alguns princípios democráticos poderiam ser introduzidos num sistema islâmico baseado na shari'a[9] e, se isto for viável, qual a melhor forma de fazê-lo. Muitos defendem que a introdução da lei islâmica com mais vigor, seria vital nas autocracias árabes, equivaleria ao nosso rule of law limitando a ação dos autocratas na medida em que tais regimes não seguem lei alguma, a não ser a prática ditatorial personalista.
Para os que pensam assim o chamado da Shari'a não seria um apelo ao sexismo, ao obscurantismo ou às punições selvagens. Outros como Abdullahi Ahmed An-Naim, professor de Direito na Emory University, consideram que o governo secular seria a melhor forma de usar o poder coercitivo da Shari'a como lei do Estado e não religiosa. As opiniões variam quanto a qual a melhor forma de balancear a lei islâmica com a lei secular. De maneira geral existem três formas principais usadas pelos países islâmicos: o duplo Sistema Legal, o Governo de Deus e os completamente seculares.
DUPLO SISTEMA LEGAL: A maioria segue um duplo sistema no qual o governo é secular, mas os muçulmanos podem escolher levar as disputas familiares e financeiras a tribunais baseados na Shari'a. O limite entre ambos é extremamente variável de país para país. O único que segue estritamente este princípio é o Qatar. Em outros países como Nigéria e Quênia as disputas quase sempre resolvidas pelos tribunais religiosos incluem casamento, divórcio, problemas de herança e guarda das crianças. Na Tanzânia existe uma variante: a decisão por qual Corte deve ser usada depende da tradição ancestral dos contendores. O Líbano e a Indonésia têm jurisdições mistas baseadas nos resíduos do sistema legal colonial suplementados pela shari'a.

O GOVERNO DE DEUS:

Predominante em todos os países onde o Islam é a religião constitucional, a shari'a é considerada como a única fonte da Lei por ser a Lei que Emana de Deus através do Corão transmitido pelo Profeta Mohamed. Seguem este princípio a Arábia Saudita, Kuwait, Bahrain, Iemen e Emirados Árabes Unidos. No Paquistão, Egito, Irã e Iraque é proibido aprovar leis contrárias ao Islam. A interpretação mais estrita é seguida pela Arábia Saudita, onde existe uma polícia religiosa que pode revistar as mulheres, estas não podem dirigir carros, nem sair sem ser acompanhada por um homem - marido, irmão ou filho - e devem se mostrar completamente cobertas em público. Já nos Emirados as bebida alcoólicas são toleradas e existem jurisdições especiais para não muçulmanos.

TOTALMENTE SECULARES:

Azerbaijão, Tadjiquistão, Chade, Somália e Senegal. A Turquia é um caso à parte. O secularismo foi imposto pela Revolução de 1923-4 comandada por Mustafá Kemal Atatürk com a abolição do Sultanato e do Califado, reconhecimento de direitos iguais de homens e mulheres, reforma das vestimentas tradicionais, abolição de títulos e do dízimo, adoção do calendário internacional. Mas principalmente a abolição da lei canônica, a instituição de um código civil e unificação da educação para todos. Estas mudanças são garantidas pelos militares que têm a missão constitucional de impedir que a lei islâmica substitua a civil e o estabelecimento de uma teocracia. Na atualidade o Partido do Desenvolvimento e Justiça Islâmico do Primeiro-Ministro Recep Tayyip Erdogan ameaça a adoção de leis islâmicas. No entanto, segundo conhecedores profundos do país, mesmo ocorrendo a diminuição do poder dos militares, dificilmente haverá um retorno ao passado, pois diferentemente de outros países, não somente os mecanismos democráticos, mas também os direitos individuais e o Rule of Law ocidental já estão entranhados na mentalidade dos turcos. [10]

Conclusões:
Conforme as informações aqui esboçadas e a opinião de especialistas no assunto, podemos concluir que:

1- O Islam é incompatível com qualquer noção de liberdade individual e, portanto é improvável, senão impossível, o estabelecimento de um regime semelhante às democracias ocidentais
2- Os que exultam com o surgimento de tal regime como resultado das revoltas em andamento se baseiam muito mais em wishful thinking do que numa avaliação acurada das condições reais.
3- Pode-se esperar em alguns países, como a Tunísia, um regime baseado em eleições gerais que simulem uma democracia.
4- Mesmo nestes países a possibilidade de que eleições levem a um regime autoritário, como ocorreu no Egito com a queda da monarquia em 1956, ou o estabelecimento de partidos únicos controlados pelo clero, ou teocracias como o Irã.
5- Embora possa haver o estabelecimento de uma constituição que preveja eleições periódicas e multipartidarismo, é extremamente dubitável que isto ocorra na prática. De maneira geral os observadores ocidentais da mainstream media se conformam com documentos pomposos que jamais serão seguidos.

Notas: [1] Este texto reúne as Partes IV das séries Subsídios para entender o Islam e Ignorâncias, Mentiras e Idiotices em Relação aos Distúrbios do Oriente Médio publicadas em meu site www.heitordepaola.com e no Mídia Sem Máscara www.midiasemmascara.com.br
[2] Ver mais detalhes em http://www.islam-watch.org/Warner/Taqiyya-Islamic-Principle-Lying-for-Allah.htm
[3] Ver outras referências e comentários em http://www.al-islam.org/encyclopedia/chapter6b/1.html
[4] Embora não esteja no escopo deste artigo, é este estratagema mentiroso que permitiu que um muçulmano nascido no Quênia fosse eleito Presidente dos Estados Unidos e continue mentindo com a maior cara de pau, porém mantendo inabalável a crença em seu coração! Voltarei a este tema em breve.
[5] Uma boa cobertura cronológica, país a país, pode ser consultada no Washington Post Foreign Policy neste link http://www.washingtonpost.com/wp-srv/special/world/middle-east-protests/
[6] Mais sobre al-Hasadi em http://pajamasmedia.com/blog/rebel-commander-in-libya-fought-against-u-s-in-afghanistan/, http://www.weeklystandard.com/blogs/unknown-libya_555447.html, http://www.ilsole24ore.biz/art/notizie/2011-03-21/reportage-ribelli-islamici-tolleranti-231527.shtml?uuid=Aa6nhTID
[7] Após a publicação deste artigo, na última semana de julho, ocorreu o assassinato de um dos líderes revolucionários, General Abdel Younes, comandante do exército da oposição líbia. Segundo o ministro do Petróleo do Conselho Nacional de Transição (CNT), Ali Tarhouni, Younes foi morto por seus próprios comandados, tendo aberto uma cisão dentro do CNT e abalado a confiança dos revoltosos em seus aliados.
[8] Para mais detalhes ver http://www.huffingtonpost.com/dr-josef-olmert/bashar-assad-the-alawite-_b_853355.html
[9] Para Shari'a ver ainda http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=1937, http://www.jihadwatch.org/2011/03/the-sharia-catechism.html
[10] Na última semana de julho os Comandantes das Forças Armadas turcas renunciaram em bloco, evidenciando o profundo descontentamento com o governo de Erdogan, confirmando o que escrevi.


Publicado no Digesto Econômico da Associação Comercial de São Paulo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desmistificação da homofobia


Este vídeo esteve circulando na internet há uns dias. Até onde se sabe, ele não é obra de nenhum evangélico, nem mesmo de alguma igreja evangélica. É apenas um cidadão expondo sua opinião. Assim como a maioria dos brasileiros, ele não concorda com a doutrinação gay e a vitimização que está sendo promovida pelos grupos ativistas homossexuais.

Como em outras oportunidades, reafirmamos nosso respeito pelos homossexuais. Porém, cremos que o homossexual tem tanto direito de ser homossexual quanto nós temos de discordar.

WND, importante site dos EUA, faz reportagem sobre blog inglês de Julio Severo

A seguir, com exclusividade, Blog Julio Severo publica tradução da reportagem integral da matéria que foi manchete ontem no WND:

Ministério de Segurança Nacional dos EUA detectado monitorando site cristão

Blogueiro conhecido por oposição à escolha do estilo de vida homossexual

Bob Unruh
© 2011 WND
O Ministério de Segurança Nacional dos EUA começou a vigiar um blog postado por um cristão que foi forçado a fugir do Brasil por causa do conflito entre a agenda de “crimes de ódio”* pró-homossexualismo da nação e a defesa dele ao casamento tradicional.
Entretanto, o que não está claro é exatamente o motivo por que o governo americano, que várias vezes ligou cristãos e conservadores ao terrorismo, está vigiando Last Days Watchman, o blog em inglês de Julio Severo que é assumidamente cristão.
WND pediu que o Ministério de Segurança Nacional (MSN) desse uma explicação, mas não recebeu resposta.
Os registros do site revelam que o MSN visitou o site ontem. Um computador diferente, também no MSN, estava no site de novo hoje.
Uma reportagem de WND de 2009, logo depois que Obama assumiu a presidência, mostrava que um relatório do Ministério de Segurança Nacional alertava sobre a possibilidade de violência por parte de “extremistas direitistas” anônimos — pessoas preocupadas com a imigração ilegal, o aumento dos poderes do governo federal, as restrições [no porte de] armas de fogo [para defesa pessoal], o aborto e a perda da soberania dos EUA. O relatório apontou como ameaças particulares os veteranos que voltam da guerra.
A visita de ontem foi revelada num registro que rastreia sites.
A visita de hoje foi documentada em outro registro:
Severo foi retratado por WND em 2009 quando, como proeminente ativista pró-família do Brasil, ele foi forçado a se exilar por causa das leis de “crime de ódio”* em seu país.
Vários líderes cristãos proeminentes dos Estados Unidos na época alertaram que semelhantes repressões poderiam estar chegando aos EUA por causa dos projetos de lei de “crimes de ódio”, leis que acabaram sendo sancionadas por Obama logo depois que ele assumiu o poder.
Essa lei aumenta as penas com base nos pensamentos da pessoa que é suspeita de cometer um crime.
O Pr. Rick Scarborough da organização Vision America Action e Mathew Staver do Conselho da Liberdade expressaram sua oposição à lei na época. Embora não tenha ocorrido ainda nenhuma repressão em grande escala contra os pastores que pregam contra a homossexualidade, há indicadores de que tais tendências podem ser iminentes.
Por exemplo, a atitude de Obama de eliminar a lei das forças armadas que proibia homossexuais assumidos levanta questões sobre a situação dos capelães militares que ensinam uma perspectiva bíblica sobre a homossexualidade.
Na época de seu exílio, Severo disse para WND que embora não criminalize o Cristianismo, o Brasil regulamenta quais princípios bíblicos podem e não podem ser pregados, e bane citações bíblicas que desaprovam o estilo de vida homossexual.
“O Brasil concede liberdade de pregar o Cristianismo, contanto que as pregações evitem menções negativas de condutas e tendências culturais protegidas pelo Estado”, Severo disse na época. “O governo brasileiro está estabelecendo mais e mais categorias de condutas protegidas, banindo menções negativas. Por isso, os pregadores brasileiros precisam se atualizar sobre as mais recentes mudanças políticas e pregar um Evangelho de acordo com os interesses estatais”.
Ele citou um exemplo das restrições do Brasil.
“No Rio, um pastor pentecostal levou um criminoso a Jesus e o convenceu a se entregar à polícia. O Pr. Isaías da Silva Andrade acompanhou o ex-criminoso à polícia e quando lhe perguntaram como a vida dele havia sido transformada, o pastor respondeu que o ex-criminoso vivia sob a influência de demônios das religiões afro-brasileiras que o inspiravam a se envolver com conduta criminosa, mas agora ele encontrara salvação em Jesus. Por causa desse relato inocente, o Pr. Isaías está agora sofrendo ações criminais por discriminação contra a ‘cultura’ afro-brasileira! Se condenado, ele cumprirá sentença de dois a cinco anos de prisão”, disse Severo.
Severo disse que seus amigos o alertaram de que as autoridades estavam tentando encontrá-lo, e que então resolveu agir.
“Fui forçado a deixar o país com minha família: uma esposa em avançada fase de gravidez e duas crianças pequenas”, relatou ele em seu blog. “Estamos agora num lugar que é completamente estranho para nós. Que escolha tínhamos?”
Julio Severo
Severo disse hoje para WND por meio de um método de comunicação relativamente seguro que ele permanece num local confidencial porque “muito embora eu esteja longe do Brasil, a maior organização gay do Brasil, a ABGLT, está atrás de mim, até mesmo pedindo que seus outros grupos gays os ajudem a descobrir onde estou”.
Ele explicou que a ABGLT, que havia entrado com queixas de “homofobia” contra ele no Ministério Público Federal, recentemente recebeu, com a ajuda da secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton, credenciamento na ONU, estendendo sua influência global.
Ele disse que anteriormente constatou visitas em seu site provenientes da polícia federal do Brasil.
“É como o FBI nos EUA…”, disse ele para WND.
Ele disse que monitora seus sites periodicamente e então ocasionalmente faz uma inspeção de visitante por visitante para saber quem está lendo o que ele escreve.
“Nas poucas vezes em que os examinei um por um, pude encontrar agências federais de policiamento como meus visitantes”, disse ele.
Ele disse que parece que o Ministério de Segurança Nacional estava fazendo uma busca nos termos “líder cristão”, “EUA” e “Brasil”.
“Penso que todos os líderes cristãos deveriam se preocupar com o fato de que um órgão dos EUA criado em resposta ao terrorismo islâmico esteja atrás de um líder cristão”, ele disse para WND. “Por que não líderes islâmicos?”
Ele disse em seu blog depois que constatou as visitas do MSN: “Obviamente, [meu blog em inglês] Last Days Watchman não tem nenhuma conexão terrorista ou islâmica. É cristão conservador — que é razão suficiente para ser rotulado de ‘terrorista’ por ativistas esquerdistas e anticristãos. E tal é o governo de Obama”.
“Não sei quanto tempo eles passaram em meu blog, pois esse dado específico estava ausente do registro oficial. Apesar disso, talvez por causa de alguma falha de segurança, informações relevantes foram expostas, principalmente sobre onde e quem estava ‘visitando’ meu blog”, escreveu ele. “Parece que o Ministério de Segurança Nacional dos EUA está fazendo buscas de um líder cristão (dos Estados Unidos? do Brasil?), que fugiu. Mas, fazendo tais buscas em meu blog?”
Ele disse que o propósito de seu site é conscientizar os leitores de fala inglesa acerca do que está acontecendo no Brasil, “principalmente sobre a perseguição aos cristãos”.
“Se eles estão mantendo vigilância sobre os líderes cristãos, é tempo de vigiarmos e orarmos!” disse ele.
Barack Obama
O governo dos EUA deixou claro em muitos casos que está preocupado com os conservadores como um perigo potencial e até argumentou em tribunais que quer a autoridade de rastrear os cidadãos americanos a fim de desenvolver uma “causa provável” necessária para mandados de busca.
Esse argumento está sendo feito diante do Supremo Tribunal dos EUA numa disputa sobre se os investigadores policiais e outras autoridades deveriam ter a liberdade de rastrear os cidadãos americanos que não fizeram nada que normalmente levaria um juiz a expedir um mandado de busca.
“A decisão do tribunal de recursos, a qual imporá que os agentes da lei obtenham um mandado antes de colocar um dispositivo GPS num veículo se o dispositivo for usado por um ‘prolongado’ período de tempo, criou incerteza com relação ao uso de uma importante ferramenta para os órgãos policiais”, disse o depoimento do governo no caso EUA versus Antoine Jones.
“Embora em algumas investigações o governo pudesse estabelecer uma causa provável e obter um mandado antes de usar um dispositivo GPS, as agências policiais federais frequentemente usam dispositivos de rastreamento no início das investigações, antes que as suspeitas tenham amadurecido e se transformado em causa provável. A decisão do tribunal de recursos impede agentes da polícia de usar dispositivos GPS num esforço de coletar informações para estabelecer uma causa provável”.
No caso, agentes colocaram um dispositivo de rastreamento no veículo de Jones, e ele mais tarde foi acusado e condenado por crimes de drogas com base em informações obtidas a partir do dispositivo de rastreamento. No entanto, a condenação dele foi anulada quando uma comissão do tribunal de recursos argumentou que as informações foram obtidas sem um mandado.
O governo solicitou ao Supremo Tribunal que analisasse se o uso, sem mandado, de um dispositivo de rastreamento para monitorar os movimentos do veículo em ruas públicas violou a Quarta Emenda.
Mas especialistas em direitos civis do escritório de advocacia William J. Olson da cidade de Vienna, Virginia, e Gary Kreep da Fundação de Justiça dos Estados Unidos na cidade de Ramona, Califórnia, estão argumentando num depoimento de amigo da corte que embora o Supremo Tribunal precise examinar o caso, a meta deveria ser proteger as proteções asseguradas pela Declaração de Direitos dos EUA contra excessivas buscas e apreensões, não expandir o poder governamental de monitorar seus cidadãos.
Embora o governo de Obama esteja pedindo por uma decisão judicial sobre o uso, sem mandado, de unidades de rastreamento, o Supremo Tribunal quer depoimentos que também lidem com a questão de se o governo estará violando a Quarta Emenda até mesmo com a instalação de tal unidade.
Uma pesquisa de opinião pública divulgada antes mostrou que o Indicador de Liberdade do WND, uma avaliação das perspectivas dos americanos sobre suas liberdades, teve uma queda vertiginosa nos últimos três meses, para 45,9 — seu ponto mais baixo nos últimos dois anos em que a pesquisa vem sendo conduzida.
Entre as perguntas usadas para montar a classificação — onde 50 reflete uma perspectiva neutra sobre liberdades — estava: “Você acredita que o governo hoje está usando meios tecnológicos, tais como câmeras, escâneres e registros eletrônicos de saúde, para se tornar intrusivo demais nos assuntos particulares dos americanos?”
Uns 75 por cento dos que responderam disseram que há um problema. Aproximadamente 38 por cento dos americanos disseram que percebem “grandes intrusões” e outros 14,5 por cento disseram que há uma “intrusão substancial”. Outros 22,8 por cento disseram que há “alguma intrusão”.
A determinação do governo federal de que pessoas que são inocentes de crimes merecem ser vigiadas já está documentada.
Um relatório de 2009 do MSN, “Extremismo Direitista: O Atual Clima Econômico e Político Incitando o Ressurgimento da Radicalização e Recrutamento”, disse: “ameaças de grupos supremacistas brancos e violentos grupos antigoverno durante 2009 foram em grande parte retóricos e não indicaram planos de executar atos violentos”.
Mas o relatório disse que as dificuldades econômicas cada vez piores, as potenciais novas leis restringindo o porte de armas [para defesa] e “a volta dos veteranos militares enfrentando significativos desafios de reintegração em suas comunidades poderiam levar ao potencial surgimento de grupos terroristas ou extremistas solitários capazes de executar violentos ataques terroristas”.
O relatório da Secretaria de Espionagem e Análise do Ministério de Segurança Nacional definiu extremismo direitista nos EUA como “dividido naqueles grupos, movimentos e adeptos que são orientados principalmente por ódio (baseado em hostilidade de grupos religiosos, raciais ou étnicos particulares) e aqueles que são principalmente antigoverno, rejeitando a autoridade federal em favor de uma autoridade estadual ou local, ou rejeitando a autoridade do governo inteiramente. Pode incluir grupos e indivíduos que são dedicados a uma única questão, tais como oposição ao aborto propositado ou à imigração”.
Depois de algumas semanas, veio um relatório do Centro de Análise de Informações do Missouri (CAIM) ligando os grupos conservadores ao terrorismo dentro dos EUA.
O relatório do CAIM alertou os órgãos policiais a prestar atenção em indivíduos suspeitos que podem ter adesivos de candidatos políticos tais como Ron Paul, Bob Barr e Chuck Baldwin. Além disso, o relatório alertou os órgãos da polícia a prestar atenção em indivíduos com ideologias “radicais” com base em perspectivas cristãs, tais como oposição à imigração ilegal, ao aborto propositado e aos impostos federais.
* Nota do tradutor: De longe, é claro, a maior lei de “crime de ódio” do Brasil seria o PLC 122, que foi eficazmente combatido por mim e muitos outros cristãos no Brasil, não tendo sido até agora aprovada em nenhuma de suas formas camaleônicas. Embora não exista ainda nenhuma lei federal anti-“homofobia” no Brasil, tal lei já foi aprovada em 2001 no Estado de São Paulo pelo PSDB. É a partir de São Paulo que ativistas gays iniciaram queixas formais contra Julio Severo. Em 2006, a Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo registrou queixa de “homofobia” contra Julio Severo no Ministério Público Federal de São Paulo. No final de 2007, Toni Reis, presidente da ABGLT, fez a mesma queixa no Ministério Público Federal de São Paulo, muito embora a ABGLT tenha sua sede em Curitiba, Paraná, não São Paulo.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: WND